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Professor é maior influência no gosto pela leitura, revela pesquisa

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24/07/2018 14h43

A estudante Beatriz Ferreira, de 11 anos, descobriu cedo os benefícios da leitura:

Sonora: “Pra mim a importância da leitura é porque eu me divirto e também porque eu aprendo.”

Além do incentivo dos pais, a jovem estudante tem também a promoção da leitura na escola e chega a ler 3 livros pro mês.

Sonora: “Lá no colégio ele se chama momento da leitura. A gente vai pra biblioteca, aí a tia conta histórias fazendo um teatro, às vezes a gente participa e depois a gente pode alugar livro.”

Dados da pesquisa Retratos da Leitura, elaborada pelo instituto Pró Livro mostram que, em 2015, dos 168 milhões de brasileiros acima de 5 anos, mais da metade, 56%, se consideravam leitores.

E quem faz girar a roda da leitura no país é principalmente o professor. Depois da mãe, é o educador quem mais influencia o gosto pela leitura, segundo a pesquisa.

A pedagoga Vera Lúcia Palmeira diz que o principal papel do professor é despertar o papel de leitor.

Sonora: “O professor é o modelo. O professor é a pessoa que está ali pra orientar e a despertar o desejo do leitor. É um importância muito grande de criar o costume e o desejo. Esse papel cabe ao professor na escola.”

Mas nem sempre é assim. A pesquisa que faz o retrato no leitura no Brasil também mostra que 30% dos professores brasileiros confessaram não gostar de ler.

Luiz Antonio Torelli, presidente da Câmara Brasileira do Livro, acredita que o professor não é formado para ser um professor leitor.

Sonora: “As nossas escolas não formam o professor. As aulas de literatura são muito chatas. Eles mesmo dizem isso. Então, a gente não consegue formar o professro com o com foco na leitura, na importância da leitura.”

Uma iniciativa da Câmara Brasileira do Livro pra mudar esse cenário foi a publicação do guia “Caminhos para a Leitura” que ajuda os professores a se tornarem mediadores de leitura, como explica Torelli.

Sonora: “O guia vai mostrar a importância da leitura para desenvolver outras habilidades. E como ele pode desenvolver isso em sala de aula mesmo ele não sendo um leitor. Nós vamos apontar um um panorama muito prático de como ele desenvolve isso em sala de aula”.

O guia vai ser lançado na Bienal do Livro em São Paulo, em agosto e também sugere que o professor se utilize do ambiente próprio da criança, com os interesses e a cultura dela, para tornar a leitura mais atraente.

Vamos virar esta página?

EBC – Radioagência Nacional

Imagens Pixabay

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