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Campo Grande

Em Mato Grosso do Sul, famílias indígenas se preparam para casa própria

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03/04/2019 10h42

Nas ruas de chão batido, os barracos já começam a ser extintos da paisagem. As casas de alvenaria, em construção, surgem no horizonte como esperança para quem tanto sonhou com um cantinho digno para morar. Na Aldeia Urbana Água Bonita, em Campo Grande, 79 famílias vão deixar os barracos improvisados para começar a vida em 45 metros quadrados e cinco cômodos: mais do que suficiente para manterem-se longe do frio e da chuva.

“Saber que no próximo inverno eu não vou precisa trazer meus filhos para fora de casa para dar banho, vai ser um alívio. E saber também que quando chover tudo será diferente, é muito maravilhoso”, disse aliviada a dona de casa Luana Alfredo Cândido, 24 anos.

“Minha filha já fica me perguntando onde vai ficar a cama da Frozen e meu filho onde vamos colocar a cama do carro”, conta sorrindo.

Construídas com recurso do Governo do Estado e Governo Federal, no valor total de mais de R$ 2,6 milhões, as casas estão sendo erguidas por 50 moradores da aldeia por meio do Programa de Inclusão Profissional (Proinc), da Prefeitura de Campo Grande. O Governo do Estado ainda firmou um convênio com o município no valor de R$ 771 mil para oferecer equipamentos de segurança e profissionais que ministraram os cursos profissionalizantes.

Desempregado há mais de seis meses, Sander Barbosa, 47 anos, conseguiu voltar ao mercado por meio do Proinc. Hoje, trabalhando na construção, ele se diz vitorioso com o projeto. “Eu estou construindo a casa do meu vizinho, mas na rua de trás está a minha casa, onde vamos chegar logo”, lembra

Além da qualificação que recebeu do Proinc, com 360 horas de curso, Sander diz que o principal já obteve com essa oportunidade de trabalho. “Eu tenho o certificado e o principal, que é a experiência, eu já consegui. Quando essas construções acabarem eu posso chegar no mercado de trabalho preparado. Posso enfrentar o mercado de igual para igual”, garante.

Moradia

As casas, todas construídas com acessibilidade, devem ser entregues em março de 2020. “Todas elas tem portas com 80 centímetros de largura e nos banheiros é possível o cadeirante se movimentar com espaço suficiente”, disse o engenheiro responsável pela obra, Gilberto Maroso, da Agência de Habitação Popular de Mato Grosso do Sul (Agehab).

No loteamento, aguardam a construção das casas 79 famílias de cinco etnias diferentes: Guató, Kadiwéu, Terena, Guarani e Kinikinau.

Luciana Brazil, Subsecretaria de Comunicação (Subcom)

Fotos: Saul Schramn

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