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Semana de Combate ao Aedes aegypti mobiliza comunidade escolar em Campo Grande

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27/03/2019 13h17

O alto índice de casos de dengue confirmados na Capital tem mobilizado toda a sociedade no combate ao mosquito Aedes aegypti, incluindo as escolas da Rede Municipal de Ensino (Reme). Desde a semana passada professores vêm intensificando junto aos alunos as atividades de conscientização para reforçar os projetos que já são trabalhados em sala de aula durante o ano.

Para implementar todo esse trabalho de conscientização, as 95 escolas e 101 Escolas Municipais de Educação Infantil (EMEI) da Reme participam até sexta-feira (29) da Semana de Combate ao Mosquito Aedes aegypti. As atividades são realizadas pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) e incluem desde palestras, teatro de fantoches até minitrilhas dentro da própria escola para identificar situações onde possam ocorrer a proliferação do mosquito. Ao todo, as ações irão envolver os 100 mil alunos da Reme.

O lançamento das ações aconteceu nesta quarta-feira, nas escola municipal José Mauro Messias da Silva, nas Moreninhas e na escola municipal Maria Tereza Rodrigues, no bairro Santa Emília e contou com a presença de técnicos da Gerência de Ensino Fundamental e Médio da Semed. A Semana será encerrada no sábado (30), na escola municipal Carlos Vilhalva Cristaldo, onde ocorrerá a realização de apresentações culturais, palestra e atividades educacionais, com a presença da comunidade escolar e autoridades.

Eliminação de focos

Com a semana, a intenção é combater o mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya e fomentar atividades pedagógicas nas escolas municipais, além de promover ações de eliminação de focos e larvas dentro e fora das unidades escolares. As atividades buscam a sensibilização da população para a mudança de comportamento no que diz respeito à eliminação de locais que facilitam a reprodução do mosquito.

Além das ações que serão desenvolvidas em todas as escolas da Reme, sete unidades escolares foram designadas para representar cada uma das regiões urbanas do município, para a realização de ações educativas específicas que visam o engajamento da comunidade escolar e a promoção da saúde coletiva.

Segundo Gilson da Rocha Santos, técnico da equipe de Ciências da Semed, as escolas tiveram autonomia para dar ênfase nas atividades que considerassem mais adequadas à realidade escolar. A equipe acompanha a aplicação das ações nas unidades e avalia os resultados obtidos. “A escola é um local de transformação e o professor tem o poder de mediar questões de relevância social na sala de aula e os alunos acabam se sensibilizando, criando um sentimento de responsabilidade individual e coletiva quanto ao combate da dengue”, destacou.

Para envolver toda a comunidade, a professora Maria Margarete Vieira Facchin, da escola Maria Tereza Rodrigues, explica que busca a participação de pais e familiares nas atividades desempenhadas pelas crianças, como pesquisas e até produção de maquetes, o que já levou muitos pais até a unidade. Após a elaboração das aulas sobre dengue, ela forma grupos, que realizam pesquisas sobre o tema junto à família e depois retratam o que aprenderam através de cartazes e folders.

Os alunos também passaram em cada sala realizando minipalestras para os colegas, trabalhando a oralidade. Para o aluno Cristiano Ronaldo de Andrade, 10, aposta nas atividades escolares para ajudar na conscientização dos adultos. “A gente nunca acha que vai ficar doente, mas é assim que todo mundo acaba pegando, por isso na minha casa depois que chove eu vou no quintal olhar se tem alguma coisa com água acumulada. Eu limpo o máximo que eu posso”, ensinou.

A aluna Maria Júlia Inácio conta que na escola aprende sobre dengue o ano todo e busca envolver os pais nos ensinamentos. “Tem gente que ainda não tem noção dos perigos da dengue e por isso deixam água acumulada em casa, mas eu sempre estou limpando os vasos de casa e pedindo para minha família fazer o mesmo”, ensina Maria Júlia.

O projeto será desenvolvido pelos profissionais da educação nas escolas nos próximos quatro bimestres, com ações durante todo o ano letivo, no sentido de informar a comunidade escolar sobre os conhecimentos relacionados ao Aedes aegypti, além de engajar ações de controle, provocar reflexões e mudanças de comportamento que evitem a proliferação do mosquito.

A parceria com a Sesau irá levar às escolas, palestras e atividades de educação em saúde. Entre as atividades sugeridas estão a produção de folders, tabulação de dados, produção de cartazes, paródias e raps e painéis na entrada das escolas. A avaliação do trabalho se dará durante o processo e no final do ano, por meio de registros escritos e fotográficos.

CG Notícias

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