24.8 C
Campo Grande

O castelo medieval italiano que agora é um hostel

- Publicidade -

16/04/2019 09h22

Cortinas transparentes sopram nas janelas que oferecem uma vista perfeita do Mar Mediterrâneo. Os raios de sol caem sobre as camas brancas assim que elas são abertas, acima de uma costa rochosa e ao lado de uma praia. Poderia ser um hotel cinco estrelas, mas não é.

O lugar descrito acima, uma construção do século XIV feita com pedras rosadas e com vista para as areias douradas de uma praia mediterrânea, é um hostel — hospedagem geralmente mais barata — em Castello di Santa Severa aberto pelo governo regional de Lazio, a 50 km de Roma, na Itália.

O hostel fica a 15 minutos da estação de trem de Santa Severa, cujo trem demora uma hora saindo do terminal ferroviário da capital italiana. O local não se resume apenas ao castelo medieval: todo o pequeno vilarejo costeiro, com casas, lojas, duas igrejas e vistas ao mar em três lados, remete ao mesmo século.

O local pertenceu por anos às várias famílias nobres romanas e à Igreja Católica (era um destino de verão para os papas medievais, como Gregório XIII, Sisto V e Urbano VIII), mas foi sendo esquecido aos poucos a partir do final do século XVII, apesar de um período em que o exército alemão usou o vilarejo como ponto estratégico, em 1943, já perto do final da Segunda Guerra Mundial.

Depois de quatro anos de reformas e restaurações, o complexo abriu suas portas como uma atração turística em 2017, com três museus, uma torre do século XI e vários eventos e exibições pontuais. Se tornou popular entre famílias e grupos escolares italianos naquele primeiro ano, quando recebeu 50 mil pessoas. Logo, alguns ceramistas e fabricantes de jóias se estabeleceram em Santa Severa, assim como artesãos de couro inauguraram lojas nos prédios antigos. O hostel surgiu apenas no verão europeu do ano passado — e a expectativa é que ele aumente as vendas de passagens aéreas e ferroviárias para o destino.

O castelo foi construído onde antes era a cidade de Pyrgi, porto romano fundado entre o final do século VII e o início do século VI a.C. Tanto ele quanto o sítio arqueológico local são considerados áreas históricas e arqueológicas das mais importantes da costa do mar Tirreno. A obra da fortificação começou no século IX, quando os Condes da Tuscia decidiram erguê-lo ali em homenagem à Severa, uma jovem que fora martirizada no ano 660 em um lugar próximo da praia. O castelo atual, assim, é a segunda construção do lugar, feita já nos anos 1300.

Aos domingos, o movimento é maior: os 14 quartos e dormitórios onde 42 pessoas se acomodam ficam lotados. Os mais caros têm piso de madeira, paredes cinza e brancas e vigas à mostra, além da vista ao mar. No entanto, mesmo quem paga mais pelas acomodações precisa fazer seu próprio café da manhã — em uma cozinha comum instalada em um pátio onde antes era uma igreja cristã.

No entanto, quem quiser apenas conhecer os museus do castelo, há três opções: o de Mar e da Navegação Antiga, que ilustra a história da antiga Pyrgi com objetos que relatam as glórias da marinha fenícia, grega, etrusca e romana, o Antiquarium, que preserva achados importantes encontrados em mais de quarenta anos de escavação na área sagrada de Pyrgi, e o Museu do Castelo de Santa Severa, com artefatos e documentos que contam sobre a existência da construção à beira-mar.

Assessoria de Comunicação

Crédito: divulgação/Assessoria

Leia também

- Publicidade -

Últimas Notícias

- Publicidade -
- Publicidade-