28/03/2019 18h41
Fortalecimento dos ossos e músculos, aumento da flexibilidade, manutenção do peso adequado e melhora da postura. Esses são alguns dos benefícios que as crianças podem ter praticando exercícios físicos, segundo o nutricionista da Growth Supplements, Diogo Círico. Mas a recomendação é internacional: a Organização Mundial de Saúde (OMS) diz que pessoas entre 5 a 17 anos necessitam de cerca de 60 minutos de atividades físicas diárias moderadas para melhorar capacidades muscular e cardiorrespiratória, manter a saúde cardiovascular e metabólica e reduzir o risco do desenvolvimento de ansiedade e depressão.
Círico diz que os suplementos alimentares, no caso das crianças ainda podem ajudar no aspecto nutritivo do desenvolvimento infantil. Eles são fabricados com nutrientes encontrados nos alimentos comuns, apesar de alguns serem muito específicos, como os compostos bioativos tais como a oleuropeína, um extrato retirado da folha de oliveira que pode ajudar no controle da pressão arterial. Outros podem ser feitos com proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas, sais minerais e outros elementos que todos os seres humanos demandam diariamente.
“Uma criança com paladar bastante limitado, com aversão a todos os vegetais, precisa de um suplemento vitamínico e mineral, por exemplo. Sem ele, com certeza terá deficiências nutricionais com o tempo. Ou seja, ele funcionará perfeitamente para essa criança. A condição é que deve haver demanda para haver oferta”, explica Círico.
Mas não se trata apenas de refeição: os especialistas concordam que as atividades são um cenário para o desenvolvimento mental das crianças: isto é, quanto mais diversificadas as práticas, melhor para o crescimento psicológico. “Os pais ou adultos responsáveis têm que mostrar ambientes fora de casa ou do apartamento. Por exemplo, ao chegar no parque, a criança vai ver um morro e querer subir, escorregar, se apropriar desse ambiente. A partir dos três anos, os pais têm que ser os professores da criança. Quando ela estiver na escola, o profissional de educação física deverá guiar esse processo”, disse Sérgio Abrahão, professor e vice-coordenador do Departamento de Educação Física da Universidade Federal do Paraná (UFPR), ao portal G1.
Segundo Abraão, até o perigo que algumas atividades oferecem podem ser, no fundo, aspectos positivos para as crianças e os adolescentes, porque os estimula. “Freud falava que a criança vai em busca do risco, então esse risco não deve ser tirado dela. Às vezes crianças de 4 ou 5 anos brincam de skate, elas caem mas vão aprender a colocar a mão no chão, continuarão persistindo. É uma atividade desafiadora, isso irá fortalecer a questão psicológica”, afirmou.
Ravi, filho de Antônio e Clara Medeiros, de 3 anos, é um exemplo: moradores do bairro do Ipiranga, em São Paulo, eles costumam frequentar o Parque Independência todos os finais de semana com o garoto para acostumá-lo às atividades físicas. “Meu pai me trazia aqui quando eu era criança para correr, andar de bicicleta, caminhar, às vezes a gente ficava sentado nos bancos conversando. Era um estímulo físico e de amizade. Quero fazer o mesmo com ele”, diz Antônio. Com um tênis Nike infantil, camiseta do Corinthians — clube que torce — e um shorts, Ravi costuma jogar futebol com crianças da sua idade aos sábados pela manhã. “Ele adora. Passa a semana toda esperando”, conta Antônio.
Os cuidados, no entanto, devem estar sempre presentes: equipamentos de proteção, calçados e roupas adequadas, o tamanho dos demais participantes em esportes coletivos, o nível de habilidade adequado e o condicionamento físico são itens com que os pais precisam se atentar. Caso contrário, aumentam os riscos dos seus filhos sofrerem fraturas ou lesões. Além disso, os lugares precisam ser frescos, preferencialmente a céu aberto, e as crianças precisam se manter hidratadas.
Assessoria de Comunicação
